quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Sobre os ventos

Deixe que o vento sopre para onde ele deve soprar. Sopre você por pensamento. Não se muda a direção dos astros nem dos sentimentos. Vento não se vê. Não há perguntas, não há motivos, não há respostas. Só há sopro: que chega, que afasta, que acalma, que dilacera. Vá você no meu lugar, se arriscar a ser dono da natureza. Eu aqui, sem esperar resultados, muitas vezes sinto o vento que não me é guardado. Meteorologistas falham, vento ligeiro não se prevê. Mas é assim, do nada, que ele chega. Ora como um soco, ora como um beijo.